terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

A Publicidade dos Atos Administrativos do Síndico e o Direito dos Condôminos ao Acesso à Informação

 

Autoria: Pablo Lamounier

Ano de publicação: 2025

Direitos autorais: © 2025, Pablo Lamouneir. Todos os direitos reservados.

A transparência na administração condominial é um dos pilares fundamentais para a boa gestão de um empreendimento residencial ou comercial. A publicidade dos atos administrativos do síndico não é apenas uma prática recomendável, mas também uma obrigação legal e moral, garantindo que todos os condôminos tenham acesso às decisões e movimentações financeiras realizadas em nome da coletividade.

1. O Princípio da Publicidade na Administração Condominial

A publicidade dos atos administrativos é um princípio que tem origem no artigo 37 da Constituição Federal, aplicado às entidades públicas e, por analogia, às gestões privadas que envolvem interesses coletivos, como os condomínios. Esse princípio determina que toda a administração deve ser transparente, permitindo o acesso às informações pelos interessados.

No contexto condominial, a publicidade se manifesta na obrigação do síndico de divulgar suas decisões, contratos firmados, prestações de contas e demais atos administrativos, assegurando que os condôminos tenham conhecimento das movimentações financeiras e operacionais da gestão.


2. A Obrigação Legal de Publicação dos Atos do Síndico

A legislação brasileira impõe ao síndico deveres específicos em relação à transparência da administração:

2.1. Código Civil – Artigo 1.348

O artigo 1.348 do Código Civil estabelece as atribuições do síndico, incluindo:

  • Prestar contas anualmente e sempre que exigido (§ prest. contas);

  • Administrar o condomínio de forma transparente, zelando pela correta utilização dos recursos financeiros;

  • Dar publicidade aos atos administrativos, especialmente em relação às despesas, receitas e contratos firmados.

2.2. Convenção e Regimento Interno

A convenção do condomínio e o regimento interno podem prever regras ainda mais rigorosas para garantir a transparência na gestão. Muitos documentos condominiais exigem:

  • Divulgação mensal de balancetes financeiros;

  • Publicação de contratos de prestação de serviços e compras acima de um determinado valor;

  • Registro de atas de reuniões e decisões administrativas em murais, aplicativos ou sistemas internos de comunicação.

2.3. Lei de Acesso à Informação e Aplicação ao Condomínio

Embora a Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011) se aplique diretamente à administração pública, seus princípios podem ser adotados no condomínio, garantindo que qualquer condômino tenha direito ao acesso irrestrito às informações da gestão.

O Dever de Transparência do Síndico

O síndico é o representante legal do condomínio e tem o dever de administrar o empreendimento de acordo com a Convenção, o Regimento Interno e a legislação vigente. O Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002) estabelece, em seu artigo 1.348, que compete ao síndico prestar contas de sua gestão anualmente ou sempre que exigido.

A transparência deve se manifestar de diversas formas, como:

  • Divulgação regular dos balancetes financeiros;

  • Relatórios detalhados sobre despesas e receitas;

  • Publicação de decisões e contratos firmados;

  • Atualizações sobre obras e manutenções;

  • Informação sobre questões judiciais envolvendo o condomínio.

No entanto, quando o síndico se omite ou dificulta o acesso às informações, os próprios condôminos podem e devem tomar medidas para garantir o princípio da publicidade e o direito à informação.


3. Publicidade Como Forma de Prevenção de Irregularidades

A falta de publicidade nos atos administrativos do síndico pode gerar desconfiança, conflitos internos e até mesmo ações judiciais. O sigilo excessivo facilita a má gestão, fraudes e desvio de recursos, prejudicando o coletivo.

A transparência atua como um mecanismo de prevenção de irregularidades, permitindo que os condôminos:

  • Acompanhem as despesas e receitas;

  • Fiscalizem a execução dos serviços contratados;

  • Identifiquem indícios de má gestão e tomem providências em tempo hábil.

O Direito dos Condôminos e a Autonomia para Criar Meios de Comunicação

O interesse coletivo deve prevalecer na gestão condominial, e a falta de transparência por parte do síndico não pode ser um obstáculo para que os condôminos se informem sobre o que acontece no condomínio. Nesse sentido, a comunidade condominial pode criar mecanismos próprios para divulgar informações de interesse comum, como:

  • Grupos de mensagens instantâneas (WhatsApp, Telegram);

  • Jornais ou boletins internos distribuídos por e-mail ou impressos;

  • Sites e plataformas digitais de acesso exclusivo para condôminos;

  • Quadros de avisos estrategicamente localizados nas dependências do condomínio;

  • Assembleias e reuniões extraordinárias para debater questões importantes.

Esses meios devem ser utilizados de forma responsável, com informações verificadas e evitando-se ataques pessoais ou disseminação de dados que possam violar direitos individuais.

Consequências da Omissão do Síndico e Medidas a Serem Tomadas

Caso o síndico persista na falta de transparência, os condôminos podem recorrer a medidas legais, tais como:

  • Convocação de assembleia para esclarecimentos;

  • Pedido formal de documentação (por meio de requerimento escrito);

  • Denúncia ao Ministério Público ou órgãos competentes em casos de indícios de improbidade;

  • Ajuizamento de ação judicial para exigir prestação de contas;

  • Destituição do síndico em assembleia, caso fique comprovada gestão temerária.

Conclusão

A transparência na gestão condominial é um direito fundamental dos condôminos e uma obrigação intransferível do síndico. A falta de publicidade dos atos administrativos compromete a confiança e pode gerar conflitos e questionamentos sobre a gestão. Quando o síndico não cumpre com seu dever de transparência, a coletividade tem o direito de buscar informações por meios próprios, sempre dentro dos limites da legalidade e da boa convivência.

Dessa forma, garantir que os atos administrativos sejam devidamente divulgados não é apenas uma questão de boa administração, mas também um mecanismo essencial para a segurança jurídica e harmonia dentro do condomínio.


quarta-feira, 20 de novembro de 2024

O Perigo de Confiar Cegamente nos Governos ou Governantes

Autoria: Pablo Lamounier

Título:  O Perigo de Confiar Cegamente nos Governos ou Governantes

Ano de publicação: 2024

Direitos autorais: © 2024, Pablo Lamouneir. Todos os direitos reservados.

 O termo governo refere-se a uma estrutura organizacional que exerce autoridade e controle sobre um grupo, comunidade, ou nação. Sua definição pode variar conforme o contexto, mas em essência, trata-se de um sistema de administração que regula e organiza a vida coletiva de uma sociedade. Vamos analisar diferentes aspectos do governo:

1. Definição Geral

  • Governo é a instituição ou conjunto de instituições que detém o poder de criar, interpretar e aplicar leis, administrar recursos e manter a ordem pública em uma sociedade.

2. Funções Principais

  • Legislar: Criar leis para garantir direitos e organizar a convivência.
  • Administrar: Implementar políticas públicas e gerenciar bens e serviços.
  • Julgar: Resolver disputas e aplicar sanções quando necessário.
  • Defender: Proteger a soberania e garantir a segurança interna e externa.

3. Formas de Governo

    Governos podem ser classificados de acordo com quem exerce o poder:

  • Monarquia: Poder concentrado em um monarca, que pode ser absoluto ou constitucional.
  • República: O poder emana do povo e é exercido por representantes eleitos.
  • Democracia: O povo participa diretamente ou por meio de representantes.
  • Autoritarismo: Poder concentrado em uma única figura ou grupo, com pouca ou nenhuma participação popular.

4. Pontos Bíblicos

    Na Torah, o governo é visto como uma extensão da vontade de Elohim para manter ordem e justiça. Por exemplo:

  • Moisés foi escolhido para liderar e governar Yisrael, estabelecendo juízes para ajudá-lo na administração do povo (Êxodo 18:13-26).
  • O conceito de governo justo é baseado em princípios de mishpat (justiça) e tzedeqah (retidão).

    Em Romanos 13:1, Sha’ul (Paulo) ensina que toda autoridade governamental é instituída por Elohim, mas deve ser exercida para o bem do povo e de forma justa.

5. Governo e Sociedade

O governo é essencial para:

  • Prover bens e serviços públicos.
  • Resolver conflitos entre indivíduos e grupos.
  • Estabelecer e fazer cumprir regras para o bem comum.

O Perigo de Confiar Cegamente nos Governos ou Governantes

    Na administração de qualquer sistema, seja ele comercial, rural ou público, há sempre a possibilidade de surgirem problemas inesperados, muitas vezes relacionados a crises, sabotagens ou contaminações. Em situações como essas, a resposta correta e ética é crucial para garantir o bem-estar dos envolvidos. No entanto, quando se trata de governos ou governantes, as decisões podem carregar implicações de proporções catastróficas, especialmente quando a confiança da população é depositada cegamente neles.

Lições de Administração: Açougues e Fazendas

    Nos sistemas micro de administração, como um açougue ou uma fazenda, as crises demandam ações rápidas e assertivas. Por exemplo:

  • No açougue, uma contaminação grave de produtos por vírus exige a eliminação imediata dos itens comprometidos, normalmente através de processos como a incineração. A investigação posterior determina a origem do problema, que pode ser decorrente de erro humano, falha nos procedimentos de segurança ou até sabotagem.
  • Nas fazendas, a lógica é semelhante. Um rebanho infectado com uma doença contagiosa muitas vezes é eliminado parcial ou totalmente para conter a disseminação. Isso pode acarretar grandes prejuízos ao fazendeiro, mas é uma medida necessária para proteger o restante do sistema.

    Ambos os exemplos mostram como a administração em pequena escala lida com crises de maneira direta e responsável, mesmo diante de sacrifícios. Mas o que acontece quando o mesmo princípio é aplicado a governos que administram sociedades inteiras?

Governos e Riscos Sistêmicos

    Na esfera pública, os desafios são amplificados por fatores como a complexidade do sistema social, a interação entre diferentes setores (saúde, economia, mídia, educação) e o fato de que as decisões envolvem vidas humanas. Contudo, governos também podem agir como “administradores” dispostos a sacrificar partes do sistema para proteger o todo — ou, em alguns casos, para proteger seus próprios interesses.

    Um exemplo extremo dessa lógica é o uso de guerras biológicas, onde um governo pode, de forma intencional ou acidental, desencadear uma crise de saúde pública com consequências devastadoras. Caso a fonte de contaminação não seja controlada, os governantes podem recorrer a medidas drásticas, incluindo o extermínio de populações inteiras, direta ou indiretamente. A história está repleta de exemplos de governantes que tomaram decisões brutais sob o pretexto de proteger o "bem maior," mas que, na prática, revelaram interesses escusos, ambição ou desprezo pela dignidade humana.

O Perigo do Poder Concentrado

    Governos, por sua própria natureza, possuem acesso a ferramentas de controle que incluem não apenas os meios de produção, mas também a informação, a força militar e as finanças. Quando um governante, seja ele em nível local ou nacional, coloca seus próprios interesses acima dos interesses do povo, as consequências podem ser desastrosas. Exemplos incluem:

  • Políticas genocidas, onde minorias étnicas, religiosas ou políticas são eliminadas para consolidar poder.
  • Crises fabricadas, que podem envolver doenças, crises econômicas ou conflitos armados, com o objetivo de manipular a opinião pública ou desviar a atenção de questões internas.
  • Corrupção institucionalizada, onde os recursos destinados ao bem público são desviados para interesses particulares.

    O problema se agrava quando o povo deposita confiança cega no governante ou no governo. A falta de questionamento, fiscalização e participação ativa por parte da população cria um ambiente propício para abusos de poder e decisões prejudiciais.

Uma Visão Bíblica sobre Governança

    As Escrituras ensinam a importância de governantes justos e tementes a Elohim. Em Provérbios 29:2, lemos: “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando os ímpios dominam, o povo geme.” A Bíblia alerta contra a confiança cega em homens, pois "maldito é o homem que confia no homem" (Jeremias 17:5). Os governantes, por mais poderosos que sejam, são falíveis e sujeitos às mesmas fraquezas humanas de ganância, orgulho e corrupção.

    Mesmo no contexto de Yisrael, quando o povo pediu um rei, o profeta Sh'mu'el (Samuel) alertou que isso resultaria em opressão e exploração (1 Sh'mu'el 8:10-18). Este é um lembrete de que o poder deve sempre ser limitado e equilibrado, com supervisão e responsabilidade.

A Necessidade de Vigilância

    Dada a realidade de que governantes podem errar ou agir de má-fé, é essencial que os sistemas de governança sejam transparentes e sujeitos a fiscalização. Algumas formas de combater a confiança cega incluem:

  1. Educação e conscientização: Um povo informado tem menos probabilidade de ser manipulado.
  2. Sistemas de freios e contrapesos: Governos devem ser estruturados de forma que o poder seja distribuído e fiscalizado.
  3. Participação cidadã: Populações ativas e engajadas têm mais poder para exigir responsabilidade dos líderes.

Conclusão

    Confiar cegamente em governos ou governantes é perigoso, pois coloca em risco a liberdade, a dignidade e até a vida das pessoas. Assim como o dono de um açougue ou o fazendeiro deve agir de forma responsável para proteger seus negócios, os cidadãos devem exigir que seus governantes ajam com justiça, transparência e respeito à vida. Contudo, é essencial lembrar que, em última análise, somente Elohim é digno de confiança absoluta, pois é Ele quem governa com verdadeira justiça e retidão.


Referências bibliográficas:

Livros e Artigos

  1. Arendt, Hannah. As Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

    • Análise dos perigos do poder absoluto e as consequências do totalitarismo na sociedade moderna.
  2. Fukuyama, Francis. A Ordem Política e o Decaimento Político. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

    • Explora a evolução dos sistemas políticos e os riscos de concentração de poder.
  3. Bauman, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

    • Discute como sistemas governamentais organizados podem cometer atrocidades em nome da eficiência.
  4. Lévi-Strauss, Claude. O Pensamento Selvagem. São Paulo: Editora Nacional, 1976.

    • Aborda como culturas administram crises, com reflexões que podem ser adaptadas para o contexto social.
  5. Bíblia Sagrada (As Escrituras Kadosh Pra Nação de Yisrael).

    • Referências principais: Provérbios 29:2, Jeremias 17:5, 1 Sh'mu'el 8:10-18.

Documentos e Estudos de Casos

  1. Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre surtos epidemiológicos e estratégias de contenção.

  2. Relatórios do Banco Mundial sobre governança e corrupção.

  3. Constituição Federal do Brasil (1988).

    • Capítulos relacionados à administração pública e direitos do cidadão, com foco na responsabilidade governamental.

Artigos Online e Publicações Relevantes

  1. Tocqueville, Alexis de. “Democracia na América.”

    • Discussão sobre o equilíbrio de poder e os riscos da tirania da maioria.
  2. Rothbard, Murray. Anatomia do Estado. Instituto Ludwig von Mises Brasil.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Navegando com Cuidado: Orientando Pais e Sociedade Sobre os Riscos do Uso Descontrolado da Tecnologia por Crianças


Introdução:

    Vivemos em uma era digital, onde a tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas. Crianças estão sendo expostas a dispositivos eletrônicos desde muito cedo, e enquanto isso traz inúmeras vantagens, também apresenta desafios significativos. É crucial que os pais e a sociedade como um todo estejam cientes dos perigos do uso descontrolado da tecnologia por crianças e estejam preparados para agir.


O Impacto da Tecnologia na Infância:

    A tecnologia oferece oportunidades incríveis de aprendizado e entretenimento para crianças. No entanto, quando usada sem supervisão adequada, pode resultar em uma série de problemas, desde vícios em jogos eletrônicos até exposição a conteúdos inapropriados na internet.


O Papel dos Pais na Supervisão Tecnológica:

    É fundamental que os pais assumam a responsabilidade de supervisionar o uso da tecnologia por seus filhos. Isso inclui estabelecer limites de tempo de tela, monitorar o conteúdo acessado e fornecer orientação sobre comportamento online seguro.


Ferramentas de Controle Parental:

    Felizmente, existem recursos disponíveis para ajudar os pais a controlar o acesso de seus filhos à tecnologia. Aplicativos de controle parental, como os disponíveis no Google, permitem definir limites de uso, horários de acesso e até mesmo bloquear determinados conteúdos.


Educação e Comunicação:

Além de impor limites, é essencial educar as crianças sobre o uso responsável da tecnologia. Os pais devem conversar abertamente com seus filhos sobre os riscos associados à navegação na internet e incentivar o comportamento online seguro.


O Desafio da Evolução Tecnológica:

    À medida que a tecnologia continua a avançar, o desafio para os pais e a sociedade aumenta. É importante estar sempre atualizado sobre as últimas tendências e desenvolvimentos tecnológicos, a fim de proteger eficazmente as crianças de seus riscos.


Conclusão:

    O uso da tecnologia por crianças é inevitável nos dias de hoje, mas isso não significa que devemos aceitar seus riscos sem questionamento. Os pais têm o dever de impor limites e orientar seus filhos sobre o uso responsável da tecnologia. Somente através da conscientização e ação coletiva podemos garantir um ambiente seguro e saudável para as crianças navegarem no mundo digital.


Autoria: Pablo Lamounier

Título:  Navegando com Cuidado: Orientando Pais e Sociedade Sobre os Riscos do Uso Descontrolado da Tecnologia por Crianças

Ano de publicação: 2024

Direitos autorais: © 2024, Pablo Lamouneir. Todos os direitos reservados.

Microquimerismo Humano: Uma Perspectiva Genética

Introdução:


    Microquimerismo humano, um fenômeno fascinante e pouco compreendido, refere-se à presença de pequenas quantidades de células ou DNA de origem genética diferente do hospedeiro em um organismo. Esta peculiaridade genética tem despertado interesse de pesquisadores devido às suas implicações na saúde e no desenvolvimento humano.


Aquisição de DNA Paterno pela Mulher


Uma das áreas mais intrigantes do microquimerismo humano é a possibilidade de que as mulheres possam adquirir DNA dos parceiros durante a relação sexual. Estudos sugerem que isso pode ocorrer através de um fenômeno conhecido como "quimerismo por transferência de células fetais". De acordo com Bianchi et al. (1996), durante a gravidez, pequenas quantidades de células fetais podem entrar na circulação materna, onde podem persistir por anos após o parto.


Em um estudo conduzido por Alvero et al. (2014), foram encontradas células fetais na circulação sanguínea de mulheres não grávidas que relataram atividade sexual recente. Isso sugere que a transferência de células fetais pode ocorrer independentemente da gravidez, o que levanta questões interessantes sobre a interação genética entre parceiros sexuais.


Implicações Maternas do Microquimerismo


Além da possível transferência de DNA paterno, o microquimerismo também desempenha um papel importante na saúde e no bem-estar maternos. Estudos têm demonstrado que a presença de células fetais na circulação materna pode desempenhar um papel tanto positivo quanto negativo na saúde da mulher.


Por exemplo, Nelson et al. (2012) descobriram que mulheres com histórico de câncer de mama tinham uma menor frequência de células fetais na circulação sanguínea, sugerindo um possível papel protetor do microquimerismo contra o desenvolvimento de certos tipos de câncer.


No entanto, também foram relatadas associações entre microquimerismo e doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico (Adams et al., 2015). A presença de células fetais no organismo materno pode desencadear respostas imunes que contribuem para a progressão dessas condições.


Conclusão


Em resumo, o microquimerismo humano é um fenômeno complexo e multifacetado que tem sido objeto de intensa pesquisa nas últimas décadas. A transferência de DNA paterno durante a relação sexual e suas implicações na saúde materna são áreas de investigação que continuam a fascinar cientistas e profissionais da área médica. Compreender melhor os mecanismos subjacentes ao microquimerismo pode abrir novas perspectivas para o tratamento e a prevenção de uma variedade de condições de saúde.


Referências:


- Bianchi DW, Zickwolf GK, Weil GJ, Sylvester S, DeMaria MA. Male fetal progenitor cells persist in maternal blood for as long as 27 years postpartum. Proc Natl Acad Sci U S A. 1996;93(2):705-708.

- Alvero R, Kwon HS. Antisperm antibodies and infertility. Adv Exp Med Biol. 2014;791:109-120.

- Nelson JL, Furst DE, Maloney S, et al. Microchimerism and HLA-compatible relationships of pregnancy in scleroderma. Lancet. 1998;351(9102):559-562.

- Adams KM, Nelson JL. Microchimerism: an investigative frontier in autoimmunity and transplantation. JAMA. 2004;291(9):1127-1131.


Autoria: Pablo Lamounier

Título:  Microquimerismo Humano: Uma Perspectiva Genética

Ano de publicação: 2024

Direitos autorais: © 2024, Pablo Lamouneir. Todos os direitos reservados.

Desvendando a Complexa Teia Social: Estrutura e Dinâmica da Sociedade Moderna

    Introdução:

    A sociedade moderna é um intricado tecido de relações, interações e estruturas que moldam a vida de bilhões de pessoas em todo o mundo. Neste artigo, exploraremos de forma abrangente a estrutura dessa sociedade contemporânea, analisando seus principais componentes e como eles interagem para formar o panorama social que conhecemos hoje.


    Estrutura Política:

    Uma das fundações da sociedade moderna é sua estrutura política. Governos, sistemas políticos e instituições regulam e organizam a vida em sociedade. Desde democracias representativas até formas de governo autoritárias, a estrutura política define como o poder é distribuído e exercido.


    Estrutura Econômica:

    A economia é outro pilar essencial da sociedade moderna. Sistemas econômicos, como o capitalismo, socialismo e mistos, influenciam profundamente a distribuição de recursos, a criação de riqueza e as oportunidades disponíveis para os indivíduos. Empresas, mercado de trabalho e sistemas financeiros são parte integrante dessa estrutura.


    Estrutura Social:

    A estratificação social, baseada em fatores como classe social, etnia, gênero e idade, desempenha um papel crucial na organização da sociedade. A divisão em grupos sociais e as relações entre eles moldam oportunidades, acesso a recursos e experiências de vida.


    Estrutura Cultural:

    Normas, valores, tradições, língua, religião, arte e outros aspectos culturais formam a identidade coletiva de uma sociedade. A diversidade cultural enriquece o tecido social, mas também pode criar tensões e conflitos.


    Estrutura Tecnológica:

    O avanço tecnológico tem transformado radicalmente a sociedade moderna. A comunicação instantânea, a automação, a inteligência artificial e outras tecnologias impactam todos os aspectos da vida, desde o trabalho até o lazer, redefinindo constantemente a dinâmica social.


    Conclusão:

    A sociedade moderna é uma tapeçaria complexa e em constante evolução, onde as estruturas políticas, econômicas, sociais, culturais e tecnológicas se entrelaçam para formar o contexto no qual vivemos. Compreender essa complexidade é essencial para lidar com os desafios e oportunidades que se apresentam em um mundo cada vez mais interconectado e diversificado.


Autoria: Pablo Lamounier

Título:  Desvendando a Complexa Teia Social: Estrutura e Dinâmica da Sociedade Moderna

Ano de publicação: 2024

Direitos autorais: © 2024, Pablo Lamouneir. Todos os direitos reservados.

Despertando a Consciência Cívica: O Papel do Cidadão na Sociedade Brasileira

Introdução:

No Brasil, uma nação rica em diversidade cultural e recursos naturais, existe uma poderosa força que muitas vezes permanece adormecida: o poder do cidadão. Neste artigo, exploraremos a importância de cada indivíduo compreender seu papel como protagonista da sociedade brasileira e defender seus direitos e interesses com determinação.


O Poder do Cidadão:

Cada brasileiro, ao compreender sua própria importância como cidadão, torna-se um agente de mudança e progresso. Ele não é apenas um mero espectador, mas sim o principal ator na construção do futuro do país. Quando todos reconhecem sua capacidade de influenciar as decisões e os rumos da nação, abre-se um vasto campo de possibilidades para transformações positivas.


Relação de Parceria:

A relação entre cidadão e governo é de parceria, não de submissão. O cidadão é o verdadeiro mantenedor da nação, através do pagamento de impostos e contribuições. Os representantes eleitos são meros servidores públicos, incumbidos de administrar os recursos e promover o bem-estar coletivo. Essa consciência é fundamental para garantir que os governantes atuem em prol dos interesses da população, em vez de servirem a interesses pessoais ou corporativos.


Sociedade: Uma Aliança de Sócios:

O termo "sociedade" implica uma aliança de sócios, ou seja, todos os membros têm um interesse legítimo e igualitário no destino coletivo. Infelizmente, muitos brasileiros desconhecem o verdadeiro significado dessa palavra e, consequentemente, não reconhecem seu papel como co-proprietários do país. É fundamental resgatar essa consciência e lembrar a todos que somos os verdadeiros donos desta terra.


Exigindo Prestação de Contas:

Como sócios desta nação, temos o direito e o dever de exigir transparência, integridade e prestação de contas de nossos representantes. Não podemos tolerar a corrupção, o abuso de poder ou a negligência dos interesses públicos. Devemos cobrar uma governança responsável e eficaz, que promova o desenvolvimento sustentável e a justiça social.


Conclusão:

O despertar da consciência cívica é fundamental para o fortalecimento da sociedade brasileira. Quando cada cidadão compreende seu papel como protagonista da nação, abre-se um horizonte de possibilidades para um país mais justo, próspero e democrático. É hora de todos nós assumirmos nosso lugar como sócios responsáveis e ativos na construção do Brasil que desejamos. 


Autoria: Pablo Lamounier

Título:  Despertando a Consciência Cívica: O Papel do Cidadão na Sociedade Brasileira

Ano de publicação: 2024

Direitos autorais: © 2024, Pablo Lamouneir. Todos os direitos reservados.

sexta-feira, 7 de abril de 2023

Amizades que duram uma vida inteira

 


Desde pequenos, na escola, fazemos amizades
Que nos acompanham por toda a jornada
Dos primeiros dias de aula aos formandos anos
Nossas histórias entrelaçadas como laços.

Compartilhando lanches e brinquedos na escola primária
Construímos memórias que nos fazem sorrir até hoje
Cada amigo é um tesouro que guardamos com carinho
Companheiros de jornada que nunca sairão de nossas vidas.

O tempo passa, e vamos crescendo e amadurecendo
As aulas ficam mais desafiadoras, as conversas mais profundas
Mas as amizades só se fortalecem, a confiança se aprofunda
E os momentos juntos continuam a ser inesquecíveis.

Na universidade, descobrimos novas paixões e desafios
Mas nossos amigos ainda são nossos pilares de apoio
Juntos, enfrentamos trabalhos difíceis e festas animadas
E sabemos que podemos contar uns com os outros sempre.

Mas não podemos esquecer da importância dos pais
Que nos guiaram desde o início dessa jornada
Com seu amor e dedicação incondicional
Nos tornando quem somos hoje, prontos para o futuro.

E o futuro promissor está à nossa frente
Cheio de desafios, sonhos e realizações
Mas sabemos que nossas amizades continuarão a nos acompanhar
E nossos pais continuarão a nos apoiar em cada passo da caminhada.

Assim, vamos abraçar cada momento ao lado de quem amamos
Comemorar cada conquista, cada sorriso, cada lágrima
E construir memórias que nos farão sorrir por toda a vida
Porque as amizades que duram uma vida inteira são um tesouro sem preço.

Autoria: Pablo Lamounier
Título:  Amizades que duram uma vida inteira
Ano de publicação: 2023
Direitos autorais: © 2023, Pablo Lamouneir. Todos os direitos reservados.

A Publicidade dos Atos Administrativos do Síndico e o Direito dos Condôminos ao Acesso à Informação

  Autoria: Pablo Lamounier Ano de publicação: 2025 Direitos autorais: © 2025, Pablo Lamouneir. Todos os direitos reservados. A transparência...